
Quando eu era pequeno, tinha uma musiquinha infantil que era bem comum. Ela dizia o seguinte: “Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar. O anel que tu me deste era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se apagou”. Era muito comum, principalmente em brincadeiras de roda.
Agora, muito tempo depois de minha infância, percebo que essa realidade se repete cada vez mais frequentemente. Parece que os relacionamentos são duráveis enquanto permanecerem no amor. Agora, há momentos em que o amor parece ter acabado. Nesses momentos, muitas pessoas desistem de continuar casadas. “Acabou o amor” é um argumento muito comum para a ideia de que não devem continuar casadas. Infelizmente, muitas pessoas se tornam infelizes e ficam marcadas para o resto da vida por esse tipo de mentalidade. Outras têm extrema dificuldade em se envolver profundamente com outra pessoa. O medo da intimidade, de se mostrarem realmente como são, de viverem o melhor e o pior de si parece ser uma barreira muito difícil de ser superada. Assim, as pessoas se relacionam de maneira superficial, e ficam dependentes apenas da existência de um sentimento, que elas chamam de “amor”. Quando esse sentimento passa, parece que não há mais razão para ficarem juntas.
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